Leia Mais…
segunda-feira, 30 de julho de 2012
O ÚLTIMO POST
Leia Mais…
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Pelo nome e não com o nome
Um dia todos vamos embora. Não existe maior certeza do que a morte. O que acontece, é que nos maravilhamos com a vida e passamos os dias sem se quer pensar(corretamente até) nesta única certeza. Um dia, todos vamos morrer.
Nós nunca imaginamos a vida sem aquelas pessoas que fazem dela um lugar seguro. Ninguém nunca pensa em perder um pai, uma mãe, por mais que essa seja a ordem natural das coisas.
Com os mestres acontece a mesma coisa. Eles são pais de muitos. São as figuras centrais de contos, histórias e até lendas dentro de suas artes. Representam sempre em carne e osso, as lições de um caminho que abriga muitos peregrinos. Eles são o caminho.
A perda do mestre Ryuzo Watanabe, significava para nós da Goju-Kai, perder o caminho. Pois assim como outros grandes mestres, ele era o desde o ar que respirava, até o último batimento do seu coração, puro Karate-Do.
Foi um momento de muita tristeza. Lembro-me do dia do enterro do sensei até hoje com muita clareza. Se lembrar demais, talvez comece a sentir que é muito mais triste do que já é, porque sei, que ele faz muita falta neste mundo. Porém creio que pensar nisso seria de certo modo egoísmo meu, já que certamente hoje em dia ele deve estar muito mais feliz no lugar em que se encontra (provavelmente com outros grandes mestres).
Muitos se perderam depois daquele dia, muitos, decidiram levar o caminho adiante honrando a memória de alguém que viveu pelo caminho do Karate.
Todos temos a opção de escolher o que fazer com a memória das pessoas que se foram, o que fazer com os bons dias vividos ao lado de quem se foi, o que fazer com os ensinamentos, as lições de quem viveu para passar um ideal adiante e liderar um grupo, uma família.
Tenho orgulho e gratidão pelos senseis que tive, tenho orgulho de ser irmão de um grande Budoka que sempre optou por seguir os exemplos, fazendo como eles, liderando, desbravando rumo àquilo que é certo.
Depois de tantos anos, eu olho para todos estes dias que ficaram para trás desde o falecimento do sensei Watanabe e vejo que o meu irmão me(nos) guiou para o caminho certo.
Por onde se honra a memória das pessoas com a nossa própria maneira de viver. Não nos agarramos, nos escoramos no nome de ninguém, não usamos a imagem de ninguém. Nós somos aquilo que aprendemos, somos o que passamos adiante. É assim que um legado, uma memória se matém viva. Os mestres vivem no caminho e na transmissão dos ensinamentos deste. De nada adianta ficar citando nomes se as atitudes não falarem por estes nomes citados.
Temos MUITO ORGULHO das nossas raízes, de ter aprendido com quem aprendemos e é exatamente por isso que damos o nosso melhor todos os dias. Para honrar o nome das pessoas com atitudes, porque Karate-Do é feito muito mais de luta, do que nomes à serem citados na primeira oportunidade.
Tínhamos um campeonao para vencer, por nós, pela memória do sensei e acima de tudo... Por honra e gratidão.
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Próximo de um final
Leia Mais…
quinta-feira, 19 de julho de 2012
Pescando na chuva
Meu irmão sempre gostou de pescar.
Todas às segundas, meu irmão pegava na escola depois da aula, eu trocava de roupa no caminho, dentro do carro e íamos pescar. Essa era mais uma das "nossas coisas", momentos, como aqueles vividos no Japão, nas viagens de trem, quando passávamos na livraria, líamos o que queríamos, meu irmão pegava uma revista de Karate, eu pegava a nova edição do mangá preferido e pegávamos um taxi para casa.
Entre essas coisas que fazíamos juntos, lembro também das manhãs já aqui no Brasil, quando acordava cedo e íamos correr no parque antes da escola. Voltava para casa, tomava um banho, vestia o uniforme e ia estudar.
Pescar, naquela época era a "nossa coisa"do momento. Apesar de eu ir muito mais pela diversão de fisgar o peixe e por acompanhar sempre o meu irmão em todos os lugares, gostava muito desta época. Mas nunca fui um pescador como o meu irmão.
Meu irmão se divertia pescando, mas também se divertia com as minhas trapalhadas com a "tralha" de pesca, quando eu gastava mais tempo desembaraçando a linha do que pescando em si. Eu ficava bravo e ele ria e quando os nós eram cegos demais, ele montava outra vara para mim.
A maioria das pessoas gosta de fisgar o peixe. E acho que isso se encaixa muito bem no que é a vida. As pessoas sempre querer ter algo, ter o prazer de ter algo, mas quem aqui gosta de pescar na chuva sem pegar nada?
Bom, o meu irmão gosta.
Lembro-me de um dia, que estava frio e chovia muito. Fomos pescar, porque o meu irmão sempre seguia em frentre com os seus planos, fosse com sol, fosse com chuva. Chovia tanto naquele dia, que eu mal podia ver o que se passava lá na ponta da linha lançada no lago, quase não via a bóia. Não dava para diferenciar o que era a chuva balançando a água e o que era o peixe tentando morder a isca. Tudo que eu via, era o meu irmão. Parado, quieto, atento, coberto com uma capa de chuva, olhando para a água.
Nesse dia, do quiosque, observando o meu irmão pescando na chuva eu entendi muita coisa sobre pescar, aprendi o que é gostar de pescar. E quem sabe até, tenha aprendido muita coisa sobre a própria vida. A verdadeira pescaria, mora em quem gosta de pescar independente de tudo.
É preciso estar lá. Com sol ou com chuva. Enxergando o que há adiante ou não, é preciso estar lá.
O que essas lembranças tem a ver com o nosso Karate? Bom, só entende, quem está na chuva. Para se molhar? Sim. Mas mais do que isso, para pescar.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Um ideal
Leia Mais…
quinta-feira, 12 de julho de 2012
O que você não imagina e o que você imagina
Nunca esperei receber aquela graduação, mas honrei-a até o seu último dia.
Naquela época, mal passava pela minha cabeça ser algo além de Shodan. Me focava apenas em treinar, ser melhor e a busca era apenas isso, por melhora. Graduações vem com o tempo, desde que o foco do presente seja melhorar sempre, hoje mais do que ontem, amanhã mais do que hoje...
Porém, uma vez que possuir a graduação, é necessário mais do que nunca ser a graduação e justificar o pedaço de papel, principalmente a assinatura e a confiança de quem assinou aquele certificado.
Tem de ser a graduação todos os dias. Sem desculpas, sem justificativas, porque só assim a graduação vale alguma coisa.
Muitas vezes lhe é dado algo que você nem imaginava poder ter. Eu acredito que quando isso acontece, pessoas boas farão o bem com isso, pessoas más fão o mal com isso e pessoas sem caráter vão transitar entre o bem e o mal, sempre de acordo com o que for mais vantajoso para o próprio ego. Ter é importante, ser também é, mas no final das contas, o que faz realmente a diferença, é o que você faz com o que você tem, com o que você é.
Não me imaginava Nidan, da mesma forma que eu sei que o meu irmão não se imaginava Yondan. Não porque ele escreveu esta semana, nem porque ele me disse algum dia, porque não disse. Mas porque viemos do mesmo lugar e eu sei que ele não se imaginava.
Quem você é hoje e quem você quer ser amanhã sempre vai depender diretamente das coisas que você recebe da vida sem nem imaginar. Logo adiante, vai depender do que você imagina e da sua capacidade de ser fiel aos princípios e caminhos que te levam a esta imaginação.
Não existe enganação com esta imaginação, porque ela é sua. Não existem atalhos, nem "cheat codes", só existe o seu caráter dizendo verdades para si mesmo.
Treinar mais, para honrar as coisas que você mal podia imaginar. Ser melhor, para ter o que imaginar.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Jokyo - Yon Dan
Leia Mais…
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Mais "Sen"
Para a Shizuoka Goju-Kan do Brasil, ter mais alunos significava um certo sucesso na empreitada. Para o meu irmão, significava mais trabalho. E para mim, significava mais olhos me observando. Era preciso ser o exemplo.
Talvez tenha sido a época de mais cobrança na minha vida. Meu irmão não me cobrava abertamente, mas com os seus olhares de reprovação em cada falha ou com os socos e chutes que vinham quando lutávamos nos treinos de portas fechadas, não era necessário dizer muita coisa. A mensagem sempre vinha e eu absorvia como dava, bem ou mal.
Essa época de acúmulo de responsabilidades, veio justamente na minha adolescência e certamente influenciou muito na minha formação não só como atleta, praticante ou sensei de Karate-Do, mas também como adulto.
Era a questão de chegar mais cedo, de sair mais tarde, de fazer dez a mais que os outros, de parar depois que os outros e sempre justificar a minha posição ali dentro. Todos mereciam uma vírgula, um porém, eu não. Pelo menos para mim, era isso. Ser o exemplo.
Falhei muitas vezes, vi algumas vezes resultados escaparem em campeonatos enquanto outros alunos mais novos se destacavam. Mas sempre voltei calado de cada uma dessas derrotas. Devia para mim mesmo.
Eu acreditava que um bom senpai, se fazia só com números e a cada derrota, me frustrava por não corresponder com as minhas obrigações perante os mais novos e o meu irmão.
Hoje, não tenho apenas a condição de senpai, mas também de sensei. Os anos se passam e entendo que ser um bom exemplo, se trata muito mais de quantos anos você passa querendo mais, fazendo mais, mas principalmente os anos que você acumula caindo e levantando logo em seguida, não importando a altura da queda. é preciso muito mais do que vitórias para continuar no mesmo caminho.
Ser exemplo, nada tem a ver com nunca cair ou ser invencível. Tem a ver com ser mais forte dia após dia, seja com vitórias ou derrotas. Tudo tem que te fazer melhor amanhã. Muitos, ficam pelo caminho.
A margem de erro diminui com o tempo, mas ainda sim é uma luta por vez. Continuo lutando para ser um exemplo. E é assim tem de ser. "Sen", vai adiante, toma a dianteira e segue o caminho.
Luatava então, para ser um bom exemplo.
segunda-feira, 2 de julho de 2012
Aprender e Ensinar
Leia Mais…