Iniciávamos o ano de 1998 e agora o pensamento era Campeonato Paulista, se classificar para o Campeonato Brasileiro e depois se classificar para o Campeonato Sul-Americano de Karate-do Goju-ryu IKGA. Os treinamentos continuavam intensos e cada vez mais nossos ideais, meu e do meu brother Horácio pareciam estar se unificando. Isso me deixava bastante orgulhoso, pois apesar dele ser o irmão mais novo e ter que arcar com a exigência de ser um Saito, sua responsabilidade crescia juntamente com sua experiência.
Apesar de nossa diferença de idade (11 anos) sempre estávamos juntos. Seja em treinamento, competição ou mesmo em lazer, ele sempre foi uma grande companhia para mim. Gosto muito de pescar e naquela época, íamos todas as segundas-feiras, que era o meu dia de folga. Eu o pegava na saída do colégio na hora do almoço e íamos pescar, voltando só tarde da noite. Sempre gostei muito de carros também, desde muito jovem e nessa época os carros turbo eram a minha outra paixão, depois do karate. Partíamos então no meu carro turbo para a pescaria e fazia parte da diversão também o trajeto de 100 km até o pesqueiro.
Trilhava o caminho do Karate-do Goju-ryu e tinha a responsabilidade de no Brasil, honrar o que me tinha sido ensinado no Japão, fazendo o nome da Associação Shizuoka Goju-kan crescer e prosperar aqui. Não tinha muita ideia de quão grande isso poderia se tornar, pensava mesmo em um dia de cada vez.
Começamos a treinar o Bunkai-kumite-kata para competir e para quem sabe um dia, podermos representar o Brasil em uma competição internacional. Precisávamos passar pelo Campeonato Paulista e Brasileiro para assim podermos ir ao Chile com a Seleção Brasileira no Campeonato Sul-Americano, isto exigia um grande trabalho pela frente.
Um Sobrenome, Um Mestre, Um Ideal......
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