quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Here Comes a New Challenger

"Se você quiser começar a treinar karate, pense bem, pois é uma coisa muito séria, porque se começar não vai poder parar...". Sábias palavras da minha mãe. Hoje, ela deve saber que eu realmente quis treinar Karate.
Quando se é criança ou adolescente, você acredita que sabe das coisas, que toma decisões. Mas a verdade é que você nunca sabe no que está se mentendo. Esse talvez tenha sido o meu caso ao decidir treinar Karate junto com o meu irmão. A parte boa da coisa você consegue ver de olhos fechados, mas a parte difícil quase nunca é notada de forma realista, acaba permanecendo a sensação de que tudo pode ser feito. Cá entre nós, para mim essa é a grande beleza da coisa. A força que existe na ingenuidade. Chega à ser poético.
Daí em diante, já são contos para outro dia.

Não me lembro da data exata. Mas num desses dias após o primeiro treino de Karate e o primeiro dia de aula na escola japonesa, meu irmão me levou ao centro de Hamamatsu. Lugar onde havia muita diversão. Lojas, lanchonetes de fast food e é claro, os Game Centers (ゲームセンター).

Com a ida de finitiva do meu irmão para Hamamatsu, para viver conosco, além do Karate, o que mais nos aproximou como irmãos e amigos, foram esses Game Centers. O meu primeiro contato com um jogo de luta é claro que foi justamente nesta época num Game Center de Hamamatsu. Eu não sabia se ficava mais deslumbrado com as máquinas de begar bichos de pelúcia (que no Japão se chamam Ufo-Cacher) ou com os jogos de luta.

O primeiro jogo que joguei foi 餓狼伝説(Garou Densetsu ou Fatal Fury no Ocidente). Se existe uma coisa além do Karate que marcou a minha fase no Japão, essa coisa foi a febre pelos jogos de luta. De Fatal Fury, 龍虎の拳 (Ryuuko no Ken ou Art Of Fight), passando rápidamente por World Heroes e criando raízes em Street Fighter e Virtua Fighter.  

Mas o que diabos isso tem a ver com os irrmãos Saito? Simples, tudo. A cada dia que se passava, mais vínculos se criavam além do sangue e mais paixões eu herdava do meu irmão.A cada momento, nós criamos uma nova conexão. Talvez esse seja o segredo (que não é segredo nenhum) da nossa ligação, da nossa amizade e consequentemente do nosso Karate.

Sim mãe, eu quero treinar Karate.    

0 comentários: