Em um dia de folga qualquer era fácil você nos encontrar no centro de Hamamatsu, passeando pelos Shoppings, visitando lojas esportivas e jogando fliperama nos grandes Game Centers da cidade.
Talvez, mais do que dizer que viver no Japão quando criança/adolescente definiu a minha forma de ver as coisas, é correto dizer que viver no Japão neste período com o meu irmão definiu a minha visão sobre as coisas.
Talvez também seja correto definir este perído da minha história como uma continuação daquilo que eu já contei por aqui, a influência do meu irmão, só que em dose mais intensa.
Durante este período, seja dentro do nosso cotidiano no Karate, nos treinos fora do dojo ou em momentos de lazer, eu continuei herdando, aprendendo e cultivando as mesmas paixões e visões do meu irmão.
Se antes do Japão existiam os filmes de luta, agora existiam os jogos de luta em geral, liderados claro pelo Street Fighter(recentemente comprei a versão do Street Fighter IV para Ipod Touch) e o gosto por marcas de material esportivo como Nike, Adidas e Asics por exemplo.
É claro e bem óbvio que o Karate possui uma parte muito grande desta influência do meu irmão já que SEMPRE tinha treino e NUNCA eu tinha um motivo se quer que me fizesse faltar (por mais que de vez em quando eu tivesse aquela preguiça infantil).
Eu acredito que o Karate-Do por si só, ensinado, treinado da maneira correta acaba se tornando com o passar do tempo a sua maneira de ver o mundo. A nossa ligação de sangue, nos une naturalmente pela existência no mesmo mundo, na mesma família. O Karate, nos une por direcionar nossos olhares para o mesmo lugar e essas tantas preferências, gostos e paixões passadas do mais velho para o mais novo, na verdade é o bônus que fez/faz o nosso Karate-Do ser ainda mais "divertido" se assim posso dizer.
Os anos traçando metas de como melhorar, como ser mais rápido, mais forte, mais correto foram duros. Com dez, onze, doze, treze anos, foi sempre muito difícil acompanhar o ritmo do meu irmão. Mas por mais duro que fosse, sempre haviam aqueles momentos de lazer que se olhar pela ótica da união, só nos fazia olhar pela mesma janela sempre.
As pessoas nascem com personalidades diferentes e algumas coisas permanecem diferentes pelo resto da vida. Porém, viver a vida e compartilhar verdades aproximam as pessoas, por mais próximas que elas já sejam por natureza.
Na visão, na vivência do dia à dia do Karate, ele sempre quis que eu fosse o melhor. Mas isso eu deixo para contar outro dia, pois rende uma longa e ótima história...
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Ver o mesmo mundo
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário