Era hora de consumir as próprias vontades. O início talvez, de algo que pode ser definido como "as primeiras verdades".
Muitas sementes são plantadas, muitas vezes sem que realmente se saiba sobre o que está sendo plantado e consequentemente, sobre todos os frutos que futuramente serão colhidos. Nem tudo se trata de controle na vida e exatamente por isso é o controle que sempre buscamos.
Eu nunca treinei Karate pensando em me tornar um mestre ou coisa assim. Não comecei a treinar porque queria alguma coisa em troca, esperando por frutos de sucesso ou coisa do tipo. Mas por mais que eu não soubesse, pensasse nisso naquela época em que comecei a treinar, Karate é uma semente, que em solo fértil se transforma em algo para a vida toda. Uns o cultivam a vida toda, outros desistem e os desistentes, eu apenas considero como solo infértil para o Karate.
Só o tempo diz o que é fértil e o que não é. É necessário seguir, insistir, aprender com o tempo. Num belo dia, você acorda e faz, sem ninguém mandar, sem ninguém cobrar e aí, você de repente pode notar que existe algo brotando daquela semente.
Nada é garantido se você não der suas garantias e dentro do Karate-Do, toda garantia só existe através de provas, que muito provavelmente sejam a água necessária todos os dias, para a "mágica" acontecer.
Então era hora de ver algo brotando daquela semente. Ver por si só. Esse era o caminho natural das coisas. Hoje regando a minha árvore com treino, eu lembro daquela época sem o meu irmão por perto e vejo que tudo estava no seu devido lugar.
Meu irmão estava longe, mas de alguma forma acho que estávamos muito perto e talvez poucos entendam até hoje a nossa relação e sinceramente eu não espero que todos entendam. O que era de sangue, era de sangue, mas mais do que sangue, nós tinhamos a mesma verdade.
Só a verdade interessa e só cresce de verdade, quem cresce da verdade.
Neste solo, eu planto, colho e continuo a plantar.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
A ordem das coisas
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