O avião taxia na pista do aeroporto Internacional de Cumbica em Guarulhos e eu espero ansioso para descer e reencontrar minha família. Penso que deste dia em diante é uma nova etapa, um novo caminho a percorrer. Iniciar no Brasil um trabalho que iria exigir muita responsabilidade, mas também seria uma grande honra.
Passo pela alfândega e logo vejo o portão que separa os viajantes das pessoas que aguardam ansiosas. É uma sensação muito engraçada, diferente em todas as vezes que você passa por aquele portão. É muito bom viajar, mas é muito melhor voltar para casa.
Abraço a todos que estão ali, e desta vez quando abraço meu irmão, é como se tivesse voltado a ter o meu braço direito. Aquela era uma sensação realmente boa. Felicidade é saber aproveitar estes pequenos momentos de nossa vida e poder levá-los para todos os outros momentos.
Retornar à nossa casa, só que nova, reformada, graças ao meu pai que retornará antes ao Brasil e tinha reconstruído o que sempre chamamos de lar. Era bom estar de novo aqui.
Já no dia seguinte enviei ao Mestre Watanabe a carta de recomendação do meu Mestre por fax e falei com ele ao telefone. Imediatamente nos deu as boas vindas, o que fazia parte do caráter do grande homem que sempre foi o Mestre Watanabe e nos convidou para participar do campeonato Brasileiro de Karate-do Goju-ryu que aconteceria na cidade de Serra Negra já no final de semana.
Ali sentados na van em direção à Serra Negra, começávamos a trilhar o nosso Caminho aqui no Brasil, eu e meu irmão Horácio, irmãos de sangue, amigos de verdade.....
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