segunda-feira, 19 de março de 2012

Brasil sempre Brasil

Uma coisa é morar no seu país, outra coisa é "passear" no seu país. Passear, fazer turismo, é bom, é relaxante, é despreocupante e comigo não era diferente. Era muito bom poder rever os lugares onde passei a infância e adolescência, os amigos, os parentes, tudo que era ruim do meu país parecia não existir mais.
Claro que esta é uma visão bem simplista e fora da realidade, possível apenas para meros viajantes, como eu. O país continuava com seus problemas sociais, jurídicos, de violência, de corrupção, mas continuava a ser o meu país, onde eu me sentia realmente em casa.

O fato também de ter o tempo livre para poder fazer tudo isso também contribuía de forma bem benéfica! Trabalhava no Japão seis dias por semana, 15 horas por dia dentro de uma fábrica e quando não estava nela, era em casa ou no Dojo. Ter tempo para pegar o carro, ir na casa dos amigos, jogar conversa fora ou passear em algum lugar, era realmente muito bom.

Treinávamos também, mas nem de perto a quantidade que tínhamos no Japão. Iria ficar quarenta dias no Brasil e como estava chegando ao final, parecia que tinha que aproveitar o máximo possível, tudo parecia bom e barato.

Já havia ganho cinco quilos desde que chegara ao Brasil, muita comida boa e a vida de não fazer nada a não ser se divertir. O problema é que eu só teria vinte dias para perder tudo quando chegasse ao japão, pois tinha o Campeonato Estadual de Shizuoka e lá a regra é realmente seguida e estar fora do peso, significaria ser desclassificado.
Mas, por enquanto queria curtir estar com meu brother Horácio e minha família, o Brasil era o meu lar e estava decidido a voltar definitivamente para cá.



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