No ano de 1991, a nossa família também viu outro homem da família migrar para a terra do sol nascente. Desta vez, meu pai rumava com a missão de também trabalhar do outro lado do mundo em busca de dinheiro.
Com a ida do meu pai, minha mãe teve de se virar comigo e com as minhas duas irmãs mais velhas. E assim, acabei me acostumando ou tendo que me acostumar com a idéia de ter as duas figuras masculinas de casa longe de nós. Eu era o homem da casa aos 9 anos de idade. Minha mãe buscava o pão do café da manhã e nós, nos virávamos por aqui.
Nem tudo era fácil e a rotina de telefonemas internacionais agora era mais constante e a choradeira em casa também. Para dificultar as coisas um pouco mais para a minha mãe, minha avó também veio à falecer. Esse deve ter sido o meu primeiro contato verdadeiro com a morte, com a ida do meu irmão e do meu pai para o Japão, a perda, parcialmente eu já tinha degustado.
A era dos video games continuava ali e mesmo do outro lado do mundo, o meu herói de sempre, meu irmão mais velho, tratou de tentar me encaixar nesse contexto me mandando um "Famicom" de lá. Porém, para a minha "sorte" o video game não funcionou por conta do valor histórico da nossa TV (leia-se pré-histórico). Tentativa frustrada, porém, valeu pela tentativa.
Apesar da falta que faziam na minha vida nessa época, meu pai e meu irmão sempre tentavam compesar de alguma forma. Não posso negar que, eu tinha os robôs de brinquedo mais legais que eu já tinha visto naquela época. Então, sim, acredito que eles tiveram sucesso em amenizar essa falta, afinal, ter um game boy era legal demais.
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