Em todos os momentos, seja durante os treinamentos ou fora deles, estávamos sempre de alguma forma praticando Caminho do Budo. Não de forma metódica ou programada, mas sempre aplicando suas teorias em nossas práticas diárias. Conversávamos muito e em todo momento podíamos citar, ver e comprovar a eficácia de um povo onde a cultura respeita leis e regras. O que era certo e o que era errado era muito bem definido, não restando opções para conveniências onde o meio errado pode se tornar meio certo.
Nesta época, poder mostrar ao meu brother a importância de se seguir tais leis e regras era gratificante, mesmo não tendo a noção naquele instante que no futuro seria tão importante em nossa jornada este tipo de pensamento e conduta.
Como no Japão eu não dirigia, sempre caminhávamos. Íamos a todos os lugares de ônibus, trem e táxi. Isto não era problema algum, já que estávamos em um País do primeiro mundo. Primeiro pela segurança, já que não tínhamos que nos preocupar em andar seja de dia, de noite ou de madrugada, com assaltos, sequestros, ou qualquer outro tipo de violência de terceiro mundo. Segundo porque as autoridades se preocupavam com a população sim e por isso o transporte público funcionava e bem. Sempre me lembro de fatos interessantes como os horários dos ônibus serem pontuais (em qualquer ponto), do motorista falar sempre que virava à direita, esquerda ou que iria frear, de que não havia cobrador e fica à sua inteira responsabilidade e senso de honestidade pagar o valor correto pela viagem. Muitos brasileiros viveram nesta mesma sociedade, uns aprenderam e trouxeram na bagagem esta forma de melhorar a nossa sociedade aqui, outros pelo contrário reclamavam sempre de discriminação e de que no Brasil era diferente e teimavam em manter o que chamamos de "jeitinho brasileiro". Ainda bem que a educação de casa nos fez ser parte do primeiro grupo.
Caminhamos juntos, literalmente, para honrar nosso Mestre, o nome de nossa família e nosso "Caminho".....
1 comentários:
Olá Sensei!
Tudo bem?
Primeiramente, gostaria de reeitarar o agradecimento (por mim, por meu Sensei Luciano e demais amigos do Karatê Para Todos) por nossa acolhida no torneio de ontém. Somos muito gratos por tudo.
Quanto ao post de hoje, lendo coisas assim, não tenho como me sentir no "país errado" pois nunca concordei (até me enoja) com o chamado "Jeitinho Brasileiro". Penso que não há recompensa alguma quando se lesa nosso próximo.
Por outro lado, pensando direito, posso estar exatamente no país certo, o Brasil. Como parte de meu dever como cidadão, posso externar pensamentos de retidão, honra e respeito para, quem sabe, outros possam se espelhar e fazer igual. Quem sabe, mais ainda, que isto gere uma corrente de proporção grandiosa e ajude a mudar a mentalidade de um povo. Se cada um de nós fizermos o mesmo, quem sabe essa nossa realidade mude, não é mesmo?
Sei que o Sr. e o Sensei Horácio fazem suas partes neste processo com maestria, levando um rico legado adiante com seus alunos.
Até mais...
Oss!
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