quinta-feira, 28 de junho de 2012

Tudo no seu devido lugar

O Destino se constrói. Não, não é uma forma cética de ver a vida. Na verdade, é ter mais fé do que se possa imaginar. Não existe Destino sem trabalho.

Todas as coisas boas e ruins estão sempre no lugar certo e na hora certa, mas somente onde há alguém que trabalha duro todos os dias para construir a própria história. Nada cai do céu, Destino não é isso.

Ninguém entra numa competição de nível internacional(ou em qualquer outra que seja) para dizer "o importante é competir". Se existe alguém que entra com esta mentalidade, me desculpe mas esse alguém deveria ficar em casa vendo TV. A esta altura do campeonato, se você não entender que "o importante é competir" é só o que você ensina para criancinhas quando elas estão iniciando no esporte, meu amigo, tenho que dizer que você não serve para a coisa.

Existem resultados que acontecem por acaso, sim, de certa forma existem. Já vi gente que trabalha muito não vencer no dia do campeonato e gente que passa a vida tomando suco vencer. Essas vitórias do acaso não se repetem e os frutos(se é que dá para chamar assim, porque só há fruto onde há algo plantado e cultivado) não duram por muito tempo. E aí se explica o "de certa forma", pois pela minha maneira de ver as coisas, a vitória por acaso de um é irrelevante, porque o que conta para o Destino é derrota na hora e no lugar certo, daquele precisa aprender algo ali, para ser um verdadeiro campeão, com raízes, tronco e frutos para a vida toda.

Quem sabe o meu irmão tivesse que aprender alguma coisa ali, assim como um dia eu mesmo teria que aprender outras coisas experimentando sensações ruins. Ver um ídolo, um líder perder nunca é bom, mas é isso que na minha opinião é a verdadeira admiração. Carne, osso e trajetória de grandeza.

Costumo dizer que ninguém sabe o que vai acontecer daqui a cinco anos. Há sempre uma meta, uma expectativa, mas fato é que ninguém sabe, nem daqui cinco, muito menos dez. Em dias normais, ninguém sabe dizer, num dia onde o sabor da derrota é o que há então...

Então volto para o Destino. Tudo certo, no seu devido lugar. Existe hora para tudo, tempo para tudo para aqueles que carregam o próprio mundo nas costas todos os dias. Conheci gente, que há dez anos atrás vencia algum campeonato por acaso. Mas onde estão essas pessoas hoje? Não faço a mínima idéia... Talvez em outro lugar, fazendo outra coisa que realmente seja o "Destino" delas. Mas aqui? Aqui não.

Não é entender as derrotas de bate pronto, não é esperar que elas aconteçam, muito menos esperar que elas não aconteçam. Mas sim viver tudo que for necessário, para ser um campeão, de raíz, tronco e frutos.

Meu irmão viveu aquela frustração, mas a vida, o Destino e ele mesmo(batalhando todos os dias), reservaram algo especial para o futuro.

Sempre fui o braço direito do meu irmão e naquele dia, eu perdi junto também...

Porém tudo estava no seu devido lugar. Tudo está no seu devido lugar.

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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Aprendendo com as derrotas

Este era meu segundo mundial. Não podia dizer que isso me dava segurança e nem que já tinha experiência. Afinal de contas, ali estariam os melhores do mundo.
O fato do Mundial ser no Brasil dava uma certa facilidade no quesito de não termos que viajar, logística, hospedagem e alimentação.
O Campeonato aconteceu no Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera e estar ali representando o Brasil dava uma grande sensação de responsabilidade, de nervosismo e ansiedade. 
Havia treinado muito, queria estar ali e sabia que tinha condições. Tive apoio da família, dos amigos, dos alunos e claro, do meu parceiro de treino, o Horácio. Queria dar o meu melhor, não só por mim, mas por eles também.

Tivemos muitos treinos com a Seleção Brasileira, principalmente para o Shiai-kumite. O técnico na época era o sensei Wagner Piconez Angeloni, que por coincidência também fora meu primeiro Sensei. Os treinos eram duros e literalmente algumas vezes dávamos nosso sangue.

No kata, tínhamos a supervisão do Mestre Watanabe uma vez por mês no último domingo. O restante do treinamento era feito por conta. Treinar sozinho sempre é duro, ainda mais quando precisamos que alguém nos corrija. 

O dia tão esperado havia chegado, é difícil de mensurar a emoção de entrar no Ginásio e saber que em seu karate-gi está a bandeira do seu país, o suor de se empenho e em sua alma a confiança da pessoas que o apoiam. Não me lembro de todos os detalhes, acho que é porque a sensação toma conta de sua mente e que você vive aquele instante de forma muito intensa. Todos perfilados, todas as delegações, a abertura com o Mestre Yamaguchi Goshi e com o Mestre Watanabe Ryuzo, cena histórica para nós. 
Começara a categoria do kata acima de San Dan e na contagem por pontos, não consegui me classificar para as finais. Me decepcionei um pouco porque acreditava que conseguiria pelo menos chegar às finais.

No dia seguinte começou a categoria de kumite até 65 kg e consegui passar pelas duas primeiras lutas. A terceira luta era decisiva pois uma vitória poderia me levar até a semifinal. Consegui passar e na semifinal iria enfrentar outro brasileiro. Nunca estivera tão próximo de conseguir um resultado expressivo no mundial. Infelizmente não fiz uma boa luta e acabei perdendo por uma diferença de dois pontos. Teria que ir agora para a repescagem para pelo menos conseguir um terceiro lugar. Mas na disputa para o terceiro lugar, novamente não consegui encaixar os golpes e perdi por uma diferença de um ponto. Encerravam-se ali as minhas esperanças de medalhas e com tristeza via as minhas chances que estiveram tão próximas se esvaindo. 

Nos dois dias seguintes houve o Seminário com o o Saiko-Shihan Yamaguchi Goshi, onde pudemos aprender o bunkai-kumite-kata do Kururunfa. Estar ali para aprender com os Mestres era sempre motivador, me lembro de ver ali naquele seminário pela primeira vez uma faixa de Renshi-Shihan. 

Sempre digo que aprendi muito mais nas vezes em que perdi do que nas que venci, e acredito que este resultado do mundial me ensinou muito. 

Ali nascia a dupla de Bunkai Saito Brothers para ganhar o mundo.....



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quinta-feira, 21 de junho de 2012

A óbvia evolução de 1997

Sempre que contei algo por aqui, deixei bem claro que nada veio de graça. Sempre frisei bem que tudo se tratou de passar por maus bocados na verdade, superar as deficiências e dificuldades à curto, médio e longo prazo.

1997 foi não apenas mais um desses anos, mas sim, um ano especial, onde pude aprender muito sobre o que é trabalhar duro pelas coisas e acima de tudo, fechar a boca, engolir as eventuais derrotas e seguir trabalhando mais.

A grandeza mora nos grandes. Parece óbvio não? Conversando num boteco na esquina, numa roda de amigos, sim, é óbvio, como meu irmão sempre diz "falar de Budo é muito fácil numa rodinha de amigos, fazer Budo é outra história". Não é óbvio, pelo menos para os fracos.

A grandeza está no que há de grande, coisas como a glória, a honra e o orgulho, que só os grandes possuem, porque trata-se basicamente de experiências acumuladas, de histórias sobre alegria, realização, mas acima de tudo, cicatrizes de uma trajetória de superação, "sem" dor, sem "última vez", sem nunca desistir daquilo que você acredita.

A grandeza mora nas tradições. Não é costume em tempos modernos as próximas gerações cantarem antes de uma Guerra, canções sobre as vitórias dos guerreiros do passado. Não é costume lutar e sonhar com um futuro, onde outros guerreiros cantem sobre a sua batalha. Não faz parte do nosso tempo.
Porém, grande é aquele quer quer o que ninguém tem, que sonha com o que ninguém sonha e nós vivemos lutando, sonhando com essas canções que nunca serão cantadas.

A grandeza mora nos grandes e não é óbvio nos dias de hoje. Engolir a sensação amarga faz parte do processo de evolução de quem entende e aprende o que é ser grande, olhando para quem é grande.

Olhava para o meu irmão e às vezes sentia raiva por não corresponder à altura. Os grandes vivem de honra, mas pagam suas contas com luta e sacrifício. 1997 era o ano de falar menos, contestar mais(a si) e treinar com tudo que eu tinha.

Os fracos não evoluem, só sofrem as cações do tempo. Os grandes fazem do tempo o que bem entendem.  Para os grandes sempre se trata de levantar todos os dias dizendo a mesma coisa.

Eu quero, eu preciso.

Então, a evolução é só uma consequêcia.

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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pronto para as Seletivas

Aquele ano estava intenso, preparação para as Seletivas do Mundial Goju-kai, novas turmas de alunos em novos locais, estava realmente tudo indo de vento em popa. Era uma grande responsabilidade ver que a Shizuoka Goju-kan estava tomando corpo no Brasil, mas ao mesmo tempo era gratificante e estimulante. Nossos atletas de ponta de hoje, vieram em sua grande maioria desta época e o mais importante é saber que além dos conceitos esportivos e dos benefícios físicos, eles também aprenderam o valor do Budo em suas vidas.

Naquele ritmo intenso de treinamento, meu brother Horácio se tornava cada vez mais meu parceiro de treino. O fato dele ser um Saito e de ser meu irmão, tornava a vida muito mais difícil para ele. Afinal de contas, a cobrança era feita para que os obstáculos fossem superados e para que o único objetivo que importasse era de ser cada vez melhor. Pois como o meu pai sempre dizia: "Em tudo que se vai fazer, tem que ser bom, porque de mais ou menos o mundo está cheio". 

E assim parti para as Seletivas. Consegui a vaga para o kata masculino acima de 3 Dan vencendo a Seletiva,   depois em abril consegui a vaga para o kumite masculino até 65 kg ficando em segundo lugar na seletiva e não consegui a vaga para o Jyu-kumite pois fiquei em segundo lugar e era apenas uma vaga.

Foi duro, foi difícil, mas a primeira etapa estava cumprida. Estava na Seleção Brasileira que disputaria o mundial Goju-kai no Brasil. Agora era renovar as energias e focar nos treinamentos da Seleção. Já tinha visto o mundial passado no Japão e sabia que conseguir se destacar ali seria uma batalha e tanto. Mais do que apenas querer, era preciso compromisso. Compromisso consigo mesmo, com suas metas e objetivos. Era preciso muito mais disciplina e sacrificar muito mais coisas consideradas "normais" para fazer parte de um grupo seleto.

Agora era focar as forças no Campeonato Mundial Goju-kai.

1997 - Um ano de grande aprendizado.....


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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Crescendo no silêncio

Naquele ano do mundial da IKGA, lembro de ter visto meu irmão suar como nunca. Era um ano intenso, o Campeonato Mundial por si só, já era algo que requeria muita dedicação, responsabilidade, além disso, ainda existia o desafio de fazer a Shizuoka Goju-Kan crescer e plantar novas sementes com novas turmas, novos alunos, novas pessoas interessadas no caminho do Karate-Do.

Dos faixas pretas que atualmente continuam firmes e fortes com o Karate-Do e a Shizuoka Goju-Kan nos dias de hoje, a maioria deu seus primeiros passos, socos e chutes exatamente nesta época.

A época era dura, o terreno talvez aparentasse incerto na época, mas julgando pelo que se vê hoje, tudo indica que era sim um terreno fértil.

Não foi uma vez, nem duas vezes que vi dentro de casa o meu irmão sobrecarregado de coisas naquele ano. Acredito que esta imagem que sempre tive, dos "bastidores" faz muita diferenteça sobre a imagem que eu tenho do meu irmão como Sensei e exemplo à ser seguido. É fácil ver só o que você quer ver, o difícil é ver e conhcer o que se vê.

Nunca fui muito de falar nos treinos. Nunca fui muito de falar e comentar sobre os treinos em casa, nem mesmo com o meu irmão. Sempre aprendi mais observando os exemplos e fazendo perguntas para mim mesmo, sobre o que estava fazendo para ser grande, spbre o que eu estava fazendo para ser um exemplo. Ver os "bastidores", me fez entender muito e até hoje às vezes me pego lembrando das cenas daqiela época e penso comigo mesmo, que exatamente tudo que o meu irmão conseguiu até hoje, foi fruto de muito suor e trabalho. Não devia ser nada fácil e hoje, muitas vezes passando por situações parecidas, dou uma risada por entender situações de anos atrás.

A questão é que tudo na vida realmente tem um preço. Entretanto o que as pessoas esquecem, é que geralmente é necessário pagar antes de ter as coisas. Isso é como assinar um contrato sem ler e depois reclamar.

Com  o volume de responsabilidades, número de aulas e treinamentos do meu irmão para o Mundial daquele ano, aumentaram por tabela, as minhas responsabilidades e treinamentos, mais bagagem para carregar nas costas, mais pedras no sapato e muitos kimonos para a minha querida mãe lavar.

Mais do que nunca, agora eu era "o irmão", mas tinha plena consciência de que tinha de ser "O" irmão. Com novos alunos entrando, eu tinha de me tornar um exemplo. Não tinha direito de falhar, não tinha direito de fracassar e não tinha direito de desapontar o meu irmão. Ter o direito, significava desapontar a si mesmo, esse era o ponto de vista que fazia com que eu me cobrasse em silêncio em cada treino. Se era para ser forte, eu tinha de ser o mais forte, se era para ser rápido, eu tinha de ser o mais rápido, assim como meu irmão fez comigo, eu nunca peguei leve com niguém e creio que os que ficaram, entendem o porque de tudo isso.

A responsailidade só mora no silêncio e as respostas são sempre pelas atitudes. No silêncio de quem se cobra, é só assim que nasce, cresce e evolui a consciência de que você mais do que ninguém precisa ser melhor, precisa fazer melhor.  E treinar não é isso? Eu penso que é.

De nada adianta ter exemplos se você não seguí-los. No silêncio, da sua responsabilidade.

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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Seletiva para o Mundial 1997

Nossos treinamentos sempre foram intensos, porém, como dizia sempre nosso Sensei: "Não importa o quanto você treine, sempre haverá alguém que estará treinando mais....." Era ano de mundial da Goju-kai e este seria realizado no Brasil, na cidade de São Paulo. Começava o ano já pensando nas tantas seletivas que seriam realizadas para compor a Seleção Brasileira, afinal de contas, com o Campeonato Mundial sendo realizado em casa, tínhamos a obrigação de conseguir um bom resultado.
Tinha que conciliar agora os treinos com as aulas. A Shizuoka Goju-kan do Brasil estava crescendo e havia aulas em Guarulhos no Clube UCEG, na Academia SANCHEZ e no Colégio JÚLIO MESQUITA.

Minha preparação física estava intensa, com os treinos normais de karate mais musculação, mas os treinos específicos para Kata e Kumite. Estava na época com 26 anos e acreditava que poderia conseguir uma vaga em uma das modalidades que escolhi: Kata acima de 3º Dan, Kumite até 65 kg e Jyu-Kumite. Estava realmente disposto a conseguir uma das vagas para fazer parte da Seleção Brasileira e lutar por um bom resultado para o nosso país. 

As seletivas teriam início no mês de março e a primeira etapa seria o kata. Vinha de um bom resultado conquistado no Sul-Americano na Argentina, então isto me motivava a treinar forte e dava a segurança necessária para poder demonstrar o que estava sendo treinado.

Treinávamos também sempre no último domingo do mês no Dojo do Mestre Watanabe, juntamente com outros Faixas Pretas. Era um treino bastante técnico, onde o Mestre Watanabe tinha a oportunidade de explicar as técnicas e também padronizá-las. Sempre era um bom treino, técnico e muito físico. Ao final tinha sempre a reunião para discutir assuntos relacionados às diretrizes do Karate-do Goju-ryu no Brasil e na América do Sul e naquele ano em especial, a realização e organização do Campeonato Mundial.

Acabando a reunião, o Mestre Watanabe sempre reunia todos os participantes para comermos algo no restaurante/padaria próximo ao Dojo. Vê-lo descontraído, alegre, sempre contando uma história, são coisas que ficam marcadas na lembrança.

A Seletiva estava chegando, mas naquele instante tudo se resumia em ouvir as histórias do Mestre Watanabe, bons tempos......



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quinta-feira, 7 de junho de 2012

O certo e o certo

Ganhar era bom e continua sendo. Vencer é ter o seu mérito reconhecido, ter todo sacrifício coroado com troféus e medalhas. Porém o que vale mesmo, é o valor que você para os próprios sacrifícios feitos e é somente isso que tem valor numa medalha, você dá o seu valor.
Vencer era bom, mas sempre aprendi que o mérito constrói além de medalhas, o caráter de um homem.

O treino constrói o caráter de um homem. Só existe sinceridade e humildade naqueles que buscam merecer suas medalhas e graduações. O caráter mora no mérito e este sempre depende de trabalho.

Trabalhar em cima dos seus deveres sempre em primeiro lugar, antes de questionar sobre os seus direitos. Um homem que não é direito, não possui direito. Quem deve, nunca merece.

Havia aquela boa sensaçãode ser recompensando, ganhando uma bolsa de estudos, deixando minha família toda orgulhosa, vendo as coisas caminhando bem para o meu irmão e a Shizuoka Goju-Kan. Tudo porque trabalhamos e merecemos. Somente isso nos satisfaz até hoje. Mérito.

Costumamos dizer, o que ouvimos de nossos senseis. Que Karate não possui meio termo, que não existe Karate mais ou menos. Ou é ou não é. Não existe meio Sanchin-dachi ou meio Jodan-zuki. O que existe é o certo e o errado. sendo que se a busca pelo que é correto for o maior objetivo prático e moral do treino, nunca haverá o errado, haverá sim sempre a busca pelo certo. A sinceridade mora nesta busca e a humildade só existe nesta busca.

A Shizuoka Goju-Kan estava começando no Brasil e com elas novas sementes eram plantadas. Hoje, com o passar do tempo temos muito mais do que frutos, temos um ideal sólido que traduz o treinamento do Dojo com três palavras: Sinceridade, humildade e mérito.

Num Dojo, se constrói um ideal, criando coisas boas para o mundo através do caráter. Cria-se para o mundo e quem não pratica tal sinceridade, num local chamado de "local do caminho", não creio que esteja pisando no lugar certo. 

O certo e o certo. É só o que existe, para aqueles que criam algo, deixam algo que faça a diferença no mundo.

E lembro então da educação  que meu pai e  meu irmão me deram: De mais ou menos, o mundo está cheio.

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segunda-feira, 4 de junho de 2012

Oportunidades

Voltamos da Argentina e a sensação de vitória era boa. A sensação também de dever cumprido perante a família e amigos, estávamos iniciando um caminho de vitórias e conquistas da Shizuoka Goju-kan no Brasil.
No ano seguinte (1997) aconteceria o II Campeonato Mundial de Karate-do Goju-kai e o Brasil havia sido escolhido para ser o país sede. Seria uma grande honra fazer parte da Seleção Brasileira, mas primeiro precisava passar pela seletiva e conquistar esta vaga.

A história da Shizuoka Goju-kan no Brasil estava começando a tomar forma e consequentemente a história do Saito Brothers também. Confesso que naquela época nem pensava nisso, o foco era único e exclusivamente treinar e treinar mais. Aprendi no período em que vivi no Japão que não importa o quanto você treina, se quiser melhorar, tem que pensar que existe sempre alguém que está treinando mais. Penso que isto serve não somente para os treinos físicos e técnicos, mas para tudo que fazemos nesta vida. Achar que você é bom ou que sabe tudo sobre algo, é dar o primeiro passo rumo à estagnação. 

O ano de 1996 estava terminando, eu estava de volta ao Brasil, de volta à minha família, iniciando um caminho de vitórias no Brasil e iniciando o caminho da Shizuoka Goju-kan aqui. Estava orgulhoso também com os resultados do Horácio, além do título Sul-Americano recém conquistado, havia conseguido também uma bolsa de estudo em um grande colégio por conta de seu desempenho. 

O ano estava terminando, mas não as oportunidades. O departamento de karate do clube estava crescendo e os alunos estavam aumentando. Meu tio Tadao havia também me indicado para iniciar o Karate como atividade extra curricular em um grande colégio e após tudo acertado, o Karate iniciaria já em fevereiro de 1997.

As oportunidades estavam aparecendo e era preciso acreditar nelas......



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