Olá a todos os nossos amigos, a pedido de várias pessoas que nos enviaram mensagens, mudamos a forma de postarmos e para não ficar apenas uma postagem por semana, faremos da seguinte forma a partir de hoje: eu (Akira) postarei às segundas-feiras e o Horácio postará às quintas-feiras, sobre o mesmo assunto, mas com o ponto de vista de cada um.
Hoje vou contar um pouco sobre a nossa viagem em outubro de 2009 à cidade do Cabo, na África do Sul, para disputarmos o Campeonato Mundial de Karate-do Goju-kai. No embarque no aeroporto internacional de Guarulhos já sentia uma grande emoção, pois o Brasil havia ficado fora do circuito da Goju-kai desde 1999, e depois de 10 anos eu estava lá outra vez defendendo a bandeira do meu querido Brasil. E também, por não estar sozinho, além do meu brother Horácio, estavámos também levando seis alunos, que era também motivo de muito orgulho, pois quando voltei ao Brasil em 1996, tinha na minha bagagem também a respondabilidade de representar aqui no Brasil o nome do meu Sensei, Hanshi Konomoto Takashi e de sua Associação Shizuoka Goju-kan que ele havia me autorizado a usar aqui, com certeza era uma honra participar deste torneio.
Chegamos dois dias antes do evento para podermos nos adaptar, e vimos um país por um lado muito rico e por outro com tanta pobreza. Mas fomos muito bem recebidos e o país é muito bonito e moderno. Ficamos em Tyger Valley no Protea Hotel, um ótimo hotel.
Estar no mundial já é grandioso, a organização, o ginásio impecável, os diversos países presentes. Tudo e todos por um objetivo, ser o melhor do mundo...
Nossos juvenis competiram no primeiro dia e haviam garantido uma medalha de bronze e isso nos entusiasmou, o que não esperávamos é que no segundo dia de competição, todos nós fossemos eliminados em suas categorias individuais e uma sensação de desânimo e frustração assolou a todos. No final do dia conversamos, precisava recuperar o ânimo de todos, pois no dia seguinte iríamos competir o Bunkai-Kata-Kumite e precisaríamos estar bem para tentar alguma coisa. Já a noite enquanto conversava com o Horácio, olhamos para o céu e vimos uma estrela cadente, aquilo só poderia ser um bom sinal.
Chegamos cedo no ginásio no terceiro e último dia de competição e fomos já para a área de aquecimento. Lá estavam as duplas, do Japão, do Suiça, da Indonésia, do Irã, da Itália, da Inglaterra, todas as grandes com chances de medalha, entre outras. Eu e o Horácio nos colocamos a aquecer ao lado da Indonésia e do Japão e dissemos um ao outro: Vamos dar o nosso cartão de visita? E mandamos um bunkai no ritmo da competição, com vigor, com velocidade, com espírito. Pareceu dar certo, pois nos deram espaço, nos deram respeito. Agora não éramos mais a dupla desconhecida do Brasil, éramos agora a dupla do Brasil que mostrou que também estava ali com vontade de vencer.
Chamaram então a nossa categoria, uma pessoa da organização que já havia conferido as duplas e as chaves, pediu então que a acompanhassemos. Andando em fila começamos a subir os degraus que nos levariam para dentro do ginásio de competição, nessa hora lembrei das dificuldades que antecederam a viagem, que só a cinco dias do embarque a obstetra da minha esposa me liberou, dizendo que a gravidez agora estava controlada e que estava tudo bem. Subindo aqueles degraus, veio uma sensação de paz, de alegria e nessa hora pensei: Yumi-chan, papai vai levar esta medalha para você!!!!!
Ganhamos a primeira rodada da Inglaterra por um placar apertado: 3 X 2, mas em seguida iríamos pegar o Japão... com o Japão perdemos de 4 x 1, mas se o Japão fosse para a final, nos puxaria para a repescagem e foi o que aconteceu... e na disputa de terceiro lugar iríamos pegar a dupla da Itália, havia chegado a hora do tudo ou nada...........
0 comentários:
Postar um comentário